domingo, 18 de agosto de 2013

Carta 2

Recebida em 19 de outubro de 1880

 
Temas:

ADEPTO – CIÊNCIA OCULTA TEM SEUS MÉTODOS – SEGREDOS DA NATUREZA: MINORIA – MOTIVAÇÕES – INJUSTIÇA – FRATERNIDADE UNIVERSAL – INGRATIDÃO - REGRAS BÁSICAS DOS MESTRES.


Sobre a Carta (postado por G. Melo):

A Carta 2 é uma resposta à proposta de se criar uma Loja Anglo-Indiana, completamente independente da Sociedade Teosófica e de seus fundadores: H.P.B e Olcott.  Sinnet e Hume (amigo de Sinnett, cujo passatempo favorito era o estudo de pássaros) desejam contato direto com os Mestres. A carta, entretanto, foi escrita por Sinnet.

O Mestre K.H. reforça a informação da Carta 1 sobre a ciência oculta: “os mistérios nunca puderam e jamais poderão ser colocados ao alcance do público em geral”.  Os Adeptos – aqueles que conhecem a ciência oculta – são aqueles que obedecem “ao impulso interno da alma sem levar em conta as cautelosas considerações da ciência ou da inteligência mundana”.

O Mestre questiona as RAZÕES de Sinnet, para fazer a proposta de contato direto com os Mestres, pois, se aquele que deseja o Conhecimento abandona tudo e vai até os Mestres como Sinnet quer comunicar-se sem ao menos mudar seus “modos de vida” que, nas palavras do Mestre, “são diretamente hostis a tal tipo de comunicação”.

Como o mundo em geral não está preparado, o que significa, repetindo o que foi dito na Carta 1, que falta um “comportamento social e moral”, o qual seria a base para se conhecer as ciências ocultas; é preciso tratar com indivíduos isolados que buscam “ir além do véu da matéria até o mundo das causas primárias”.

Ambos querem esse tratamento – Sinnet e Hume. Então o Mestre analisa, primeiramente, as MOTIVAÇÕES,  especificamente as de Sinnet (e as relaciona, tais como na Carta de Sinnet, para evitar ser mal interpretado; aqui reproduzimos omitindo palavras, para sintetizar):

1.      Desejo de receber provas concretas e incontestáveis de que existem forças na natureza desconhecidas da ciência;

2.      Esperança de apropriar-se delas algum dia (quanto mais cedo melhor), de modo a capacitar-se para:

a)      Demonstrar a sua existência a algumas poucas pessoas do mundo ocidental;

b)     Contemplar a vida futura como uma realidade objetiva construída sobre o Conhecimento e não sobre a fé; e

c)      Saber toda a verdade acerca das Lojas e dos Mestres, adquirindo certeza de que os Irmãos existem (essa motivação foi classificada como a mais oculta e a mais importante).

O Mestre afirma que essas motivações parecem dignas e sinceras, mas sob a ótica ocidental. São, entretanto, egoístas. Enfatiza que “as mais elevadas aspirações pelo bem estar da humanidade ficam manchadas pelo egoísmo se houver uma sombra de desejo de autobenefício ou uma tendência para fazer injustiça, mesmo quando ele é inconsciente disso.”

(Vai explicar essa questão da injustiça mais a frente.)

Ele lembra que Sinnet sempre argumentou contra a ideia da Fraternidade Universal, questionou sua utilidade e propôs uma escola de ocultismo. A isso o Mestre responde que nunca ocorrerá.

Agora, o Mahatma segue para analisar as CONDIÇÕES propostas por Sinnet para ajudar a Sociedade Teosófica. Essas condições implicam, além de total independência dos fundadores da ST, um contato direto com os Mestres, que viriam até eles, Sinnet e Hume.  

 Para começar o Mestre diz que a “primeira e mais importante das nossas objeções está em nossas Regras”. Segundo essas regras, “a porta é aberta quando o homem certo bate nela”. O discípulo vai ao Mestre e não o contrário, como propõem Sinnet e Hume. E quando chegar, este homem deverá ficar até ser capaz de comprovar que pode manter em sigilo os mistérios.

E lembrou que H.P.B. já havia passado desta etapa e Olcott em breve passaria. Então, refletiu para Sinnet a improcedência da proposta de criar uma Loja independente dos dois fundadores. Além, é claro, de constituir uma injustiça, seria uma ingratidão da parte dos Mestres em relação a H.P.B. e Olcott.

E finalizou que se eles queriam formar uma nova loja, ela teria de ser ligada a ST e “contribuir com sua vitalidade e utilidade para promover a ideia básica de uma fraternidade universal.”
 
 
 
Sobre a Carta (postado por E. Oliveira):
 
Nesta carta, o Mestre fala também do indivíduo que deseja se dedicar ao estudo da Ciência Oculta. Uma vez transposto o limiar do mundo invisível não deve determinar seu progresso dali para a frente e ainda deve ser guiado por um Mestre.
 
O homem que decidiu estudar os Mistérios da Ciência Oculta não deve se esconder, mas proclamar isso em voz alta, a despeito de todos os obstáculos. O Mestre cita, inclusive, um ditado cristão: "O Reino dos Céus é obtido pela força."


Observação: A fonte é sempre a correspondente Carta dos Mahatmas. Muitos trechos são copiados, mas a fala do(s) Mestre(s) serão apresentadas sempre "entre aspas".
 

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